2 de dezembro de 2006

Professora Parceira

A professora Laurinha Schmitt de Oliveira é a minha parceira para o Projeto de Aprendizagem que faremos em 2oo7.Vamos trabalhar com uma turma do Curso Normal. Somos de áreas diferentes Laurinha é professora de Literatura, Português. Eu de Matemática, nos conhecemos há muito tempo e quando nos encontramos "todos" os assuntos nos interessam. Para vocês terem uma idéia de minha parceira coloco aqui seu pensamento sobre inclusão digital.
Há uma década, o computador na escola brasileira era realidade apenas das escolas privadas. Atualmente, já é uma realidade de um grande número das escolas públicas brasileiras, mas isso não significa que essa tecnologia esteja sendo usada na sua plena pontencialidade, pois muitas escolas disponibilizam as salas de computação apenas para aulas de informática, sem inclui-lo ao projeto pedagógico. É o mesmo que deixar trancados os livros da biblioteca sem relacioná-los ao processo de leitura e escrita.
Atrasar a inclusão digital no processo político pedagógico é distanciar-se da geração que está aí, pois os jovens e as crianças sabem desfrutar por conta própria das potencialidades do mundo digital, mesmo que seja somente com intuito de lazer. Enquanto isso, nós professores limitados, muitas vezes, pela inabilidade de lidar com esta tecnologia, ficamos constrangidos diante da desenvoltura de nossos alunos e partimos para uma atitude de omissão ou de supervalorização do recurso “quadro-giz”. Esquecemos de exercer o papel de educador que é dar sentido ao uso da tecnologia, mediando e instigando a produção do conhecimento com referência a um universo de possibilidades como jogos virtuais, leitura de imagens,pesquisas na internet ou até mesmo criando páginas para que nosssos alunos escrevam seus textos e os publique.
Se encararmos o processo de aprendizagem como uma troca onde mestre não é aquele que somente ensina, mas sim aquele que de repente aprende, parodiando o romancista Guimarães Rosa, comprovaremos que muito podemos apender e ensinar aos nossos alunos. Desde situações simples como pesquisar na internet, que tem muita coisa boa e confiável, mas também tem muito “lixo”, ou seja informações sem referência de fonte de procedência que circulam livremente como grandes verdades. Com isto estaremos formando uma geração mais crítica e sábia. É preciso somente um pouco de ousadia e confiança em nós mesmos, pois há muito tempo já comprovamos que as quatro paredes e um quadro-giz não são suficientes no ato de ensinar
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Um comentário:

Sônia Ferronatto disse...

Oi, Laurinha e Berna!
Três questões me desassossegam em relação ao uso de TICs na escola pública:
- a falta do recurso tecnológico;
- a falta do recurso humano para otimizar o uso do recurso tecnológico;
- a existência de recursos humano e tecnológico sem garantia de disponibilização de uso ou a subutilização sem propósito e sem proposta.
O que pensam a respeito?
Um abraço
Sônia