20 de março de 2013

Formação de Professores



Adoro essa postagem feita em setembro de 2006 sobre formação de professores , é uma das minha preferidas, está no marcador Reflexões. O embasamento teórico que todo o professor  deve ter sobre sua prática pedagógica, é uma necessidade do século XXI.

"Sobre o "Segundo Congresso Internacional- Formação de Professores e Prática Pedagógica"- foram três dias de muita atenção e de muita reflexão. Gostaria de dividir com vocês.
Tive a oportunidade de assistir o professor Rubem Alves comigo na foto.
Vou procurar fazer uma síntese sobre as palestras e o que penso ser mais significativo.
 A primeira  palestra foi  com Rubem Alves que falou de Mário Quintana, Pablo Picasso, Adélia Prado, Fernando Pessoa e, naturalmente Nietzsche.
De Nietzche mais precisamente, do livro "Assim Falou Zaratustra", leio Nietzsche, só não concordo quando ele diz:“o verdadeiro homem quer duas coisas: o perigo e o divertimento. Por isso quer a mulher, que é o brinquedo mais perigoso.”(pág. 63) do livro citado.
Frases que chamaram especialmente minha atenção: A pessoa “convencida”, não pensa mais. Transformar crianças que brincam em adultos que trabalham.
Adquirir outros “ Significativos”.
O congresso continuou e assisti Antonio Nóvoa reitor da universidade de Lisboa, que lançou o livro “Evidentemente” O que é evidente...mente!!
Falou das muitas missões dadas à escola e que naturalmente não é possível cumpri-las, ficando num beco sem saída.
A escola centrada na aprendizagem é o futuro, fazer com que todos os alunos tenham verdadeiramente sucesso.
Ensino de forma a responder às necessidades de cada aluno, ajudando-o a construir um projeto educativo próprio. A escola seja de apoio, aconselhamento e orientação.
Celso Vasconcellos,continuou dizendo que é preciso uma transformação básica: Aprendizagem e desenvolvimento humano de todos os alunos.
Que seja usada uma metodologia interativa, alunos digam com suas palavras, não condicionar com nota. Professor como orientador.
Pedro Demo, apresentou uma tabela, (vou procurar a fonte), onde de todos os alunos brasileiros , 3,3% aprenderam matemática em 2003, e nas demais disciplinas não é diferente.
Falou da aprendizagem dinâmica e construtiva, de dentro para fora, ao contrário do instrucionismo , de fora para dentro. Criar caminho próprio, sujeito observador. Pesquisa, princípio educativo. A atitude do professor deve ser de eterno aprendiz, cuidar o que o aluno aprende pois o professor é um profissional de conhecimento.
Não se aprende escutando aula, mas sim argumentando, justificando. Teresinha Rios, na atitude crítica, as certezas possuem caráter provisório podemos nos desinstalar, instala a pergunta.
Para ser crítico devemos ser humildes e corajosos.
Função da escola é a felicidade pois dá condições para que o ser humano afirme-se na sociedade. Ana Ruth Starepravo, professora em Curitiba, Aprendizagem é compreender, estabelecer relações, transformar, re(elaborar), criar, descobrir , transformar algo que se possui. Só há construção do conhecimento quando há dúvida, conflito, confronto de idéias. Problemas como desencadeador de conhecimento, conteúdo como meio. Conteúdos, meios para os alunos: estabelecerem relações, pensar sobre, fazer relações, significações. Desenvolver a autonomia. Em resumo é preciso mudar a "aula", não marcar data para essa mudança, é hoje, é agora, de todos os professores ouvi a mesma orientação é preciso que o aluno participe, interaja, construa.
A professora Ana Ruth nos apresentou um projeto que fez com seus alunos em um terceira série em Curitiba. projeto sobre estudo de medidas. Na própria sala de aula, conteúdo medidas, os alunos foram com suas dúvidas fazendo com que novos construções surgissem e não foram essas necessariamente de matemática.Mas aprenderam também e com significado o que é medida de peso e volume. Não é fácil , pois nós professores temos, e por vários fatores, entre eles o tempo, de responder logo para o aluno, não dando a oportunidade de descobertas. "Quando simplesmente respondemos, matamos a possibilidade de o aluno confrontar suas idéias com outras, ou seja, não há comparação, não há conflito, não há confronto, não há construção de conhecimento." Eduardo José Monteiro ."