28 de outubro de 2006

Mídia e Prática Pedagógica

Estamos iniciando a disciplina PROA05 "Aplicações de produtos da mídia e tecnologia digital na prática pedagógica." Como preciso e faço questão de estar em dia com minhas atividades li agora o texto da Professora Iris T. Costa que trata do assunto, ela diz:
"Para atuar e intervir no espaço eletrônico precisamos desenvolver nossa fluência tecnológica, explorar as telecomuicações no nosso trabalho, entrar em rede para nos comunicarmos com nossos pares, aprendermos a nos localizar, mover, estabelecer parcerias e cooperar em ambientes virtuais.
É o que eu procuro fazer pois tenho, no mínimo, duas razões para isso, estou fazendo um curso de especialização e trabalho em um NTE.

24 de outubro de 2006

Significados!!


Sou professora de matemática e, ao longo de todos os anos em que trabalhei com alunos, via na motivação o elemento diferenciador para que a aprendizagem ocorresse. A tarefa maior era fazer com que meus alunos sentissem motivação para, pois assim eu os “guiaria” para a aprendizagem . Em nenhum momento resignava-me com a simples transmissão de conhecimentos, “lutava” para que eles interagissem com o objeto, interagissem com os colegas, questionassem e argumentassem em sala de aula.
Estou a partir do início do curso de especialização estudando e conhecendo o que nunca aprendi teoricamente. Vejo agora que a epistemologia que usei em minha prática pegagógica era mistura de Empirista com Construtivista, tenho agora fundamentos para poder fazer com maior segurança essa análise.
Em minhas leituras, que continuam, uma chamou especialmente minha atenção.É o livro Pensamento e Linguagem de L.S. Vygostky, tradução Jéferson Luiz Camargo(1991), quando salienta o desenvolvimento dos conceitos ou significados das palavras, na página (72), ele escreve:
“A experiência prática mostra também que o ensino direto de conceitos é impossível e infrutífero. Um professor que tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer resultado, exceto o verbalismo vazio, um a repetição de palavras pela criança, semelhante à de um papagaio, que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo.
Tostoi, com sua profunda compreensão da natureza da palavra e do significado percebeu, mais claramente do que a maioria dos outros educadores, a impossibilidade de um conceito simplesmente ser transmitido pelo professor ao aluno. Ele narra suas tentativas de ensinar a linguagem literária a crianças camponesas, “traduzindo” primeiro o seu próprio vocabulário para a linguagem dos contos folclóricos e, depois, traduzindo a linguagem dos contos para o russo literário. Descobriu que não se poderia ensinar às crianças a linguagem literária por meio de explicações artificiais, por memorização compulsiva e por repetição, do mesmo modo que se ensina uma língua estrangeira. Tostoi escreve:
Temos que admitir que tentamos várias vezes...fazer isso, e que sempre nos deparamos com uma enorme aversão por parte das crianças, o que mostra que estávamos no caminho errado. Esses experimentos me deixaram com a certeza de que é impossível explicar o significado de uma palavra. Quando se explica qualquer palavra, a palavra “impressão”, por exemplo, coloca-se em seu lugar outra palavra igualmente incompreensível, ou toda uma série de palavras, sendo a conexão entre elas tão ininteligível quanto a própria palavra.
O que a criança necessita, diz Tolstoi, é de uma oportunidade para adquirir novos conceitos e palavras a partir do contexto lingüístico geral.
Quando ela ouve ou lê uma palavra desconhecida numa frase, de resto compreensível, e a lê novamente em outra frase, começa a ter uma idéia vaga do novo conceito: mais cedo ou mais tarde ela...sentirá a necessidade de usar essa palavra-e uma vez que a tenha usado, a palavra e o conceito lhe pertencem... Mas transmitir deliberadamente novos conceitos ao aluno...e´, estou convencido,tão impossível e inútil quanto ensinar uma criança a andar por meio das leis de equilíbrio.”
Vygostky e Piaget foram contemporâneos, nasceram no mesmo ano em 1896, ambos foram estudiosos do desenvolvimento.Nesse livro que cito, Vygostky a todo momento compara seus estudos aos de Piaget, tornando a leitura extremamente interessante.

21 de outubro de 2006

Terceira Versão do Mapa

Como já salientei na mensagem anterior, estamos fechando nosso PA. Penso que o crescimento foi visível, principalmente no que trata da reflexão sobre Prática Pedagógica. Nossa terceira versão confirma esse caminho. Mais detalhes no projeto.

13 de outubro de 2006

Projeto de Aprendizagem



Estamos finalizando nosso Projeto, adorei ter trabalhado com minha colega e amiga Adriana. Nós damos muto bem, dividimos as tarefas e, no final, faço o que gosto. Ao longo desse trabalho, a cada dia, eu aprendi um pouco sobre Piaget. Estou encantada com a Epistemologia Genética,especialmente, com relação a prática pedagógica. Neste texto do professor Fernando Becker que vocês encontram na íntegra no projeto, saliento:
"Que sentido terá construtivismo na educação?
Raramente o professor consegue romper o vaivém entre empirismo e apriorismo: se nota que a explicação empirista não convence, lança mão de argumentos aprioristas. E volta na primeira oportunidade, ao empirismo, se o mesmo acontecer com a explicação apriorista. A ruptura acontece se o professor pára a sua prática e reflete sobre ela.
O professor faz isso precisamente por esse processo de reflexão. Ao apropriar-se de sua prática, ele constrói ou reconstrói as estruturas de seu pensar, ampliando sua capacidade, simultaneamente, em compreensão e em extensão.Essa construção é possível na medida em que ele tem a prática, a ação própria; e,também na medida em que ele se apropria de teoria(s) suficientemente critica(s) para dar conta das qualidades e dos limites de sua prática.. Essas duas condições são absolutamente indispensáveis para o avanço do conhecimento, para a ruptura com o senso comum na explicação do conhecimento.
O conhecimento é uma construção. O sujeito age,espontaneamente, isto é, independentemente do ensino mas não independentemente dos estímulos sociais, com os esquemas ou estruturas que já tem, sobre o meio físico ou social.Retira (abstração) deste meio o que é de seu interesse. Em seguida, reconstrói (reflexão) o que já tem, por força dos elementos novos que acaba de abstrair. Temos então, a síntese dinâmica da ação e da abstração, do fazer e do compreender, da teoria e da prática. É dessas sínteses que emerge o elemento novo."
Quero deixar aqui um pensamento de Piaget segundo Thomas Kesselring(1993):

"permanecer criança até o fim. A infância é o estágio próprio da criatividade" . Tudo aquilo que se ensina à criança não mais poderá ela inventar e descobrir".

5 de outubro de 2006

Prática Pedagógica

A Adriana e eu, do NTE de Caxias do Sul, estivemos dia 04/10 com professoras de uma escola de nossa região. Conversamos, durante duas horas, sobre o uso do LIE na Prática Pedagógica . Entre outros recursos usamos o Blog. É só entrar em um link. Muito prático!!

2 de outubro de 2006

Educação Inclusiva

Estamos iniciando a disciplina Tecnologias na Educação Especial, tenho como tarefa citar as principais dúvidas e certezas que tenho. Entre elas, está a certeza que é preciso oferecer uma escola de qualidade para todos os alunos, portadores de necessidades especiais ou não. No texto "A Educação Inclusiva" de Hugo Otto Beyer, saliento:
"Dentre as teorias de aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo, o pensamento de Lev Vygotski destaca-se pela ênfase que dá aos fatores psicossociais como determinantes nas condições de aprendizagem e desenvolvimento infantil. Para Vygotski, duas dimensões afetam o desenvolvimento humano, não apenas evolutivamente, como também ontogeneticamente, ou seja, a dimensão biológica ou orgânica e a social (cultural) ou histórica.
A melhor forma de entender o entrelaçamento entre ambas dimensões se dá quando se considera a situação de pessoas portadoras de deficiência, já que os estados de carência orgânica e as correspondentes implicções no âmbito cultural põem em relevo o papel desempenhado por cada uma delas. (...) o contraste das duas dimensões pesa em favor do prejuízo resultante do isolamento social a que essas pessoas são costumeiramente submetidas. Justamente aí reside a necessidade maior de apoio externo, além, evidentemente, do suporte às carências orgânicas específicas ( por exemplo, para o surdo, o domínio e uso da língua de sinais, para o cego, a escrita braile, etc.)"