26 de maio de 2008

Avaliação

Como professora de matemática ao longo de todos os anos em que trabalhei com a disciplina, via na motivação o elemento diferenciador para que a aprendizagem ocorresse. Minha tarefa maior era fazer com que os alunos sentissem motivação para, pois assim eu os "guiaria" para a aprendizagem , "lutava" para que eles interagissem com o objeto, interagissem com os colegas, questionassem e argumentassem em sala de aula. Aprendessem.
A idéia de que o professor avalia seu trabalho, a metodologia aplicada, verificando a aprendizagem dos alunos ou não, é que mais aproxima-se do que penso sobre avaliação.
A questão de como avaliar um Projeto de Aprendizagem, que é uma metodologia relativamente nova para mim é um desafio , passei pela experiência o ano passado (2007), foi e está sendo a parte mais difícil do processo.
Lendo a respeito de avaliação de Projeto de Aprendizagem, no texto da professora Lea Fagundes

Aprendizes do futuro: as inovações começaram
:saliento
"Buscar a informação em si, não basta. (...)Os alunos precisam estabelecer relações entre as informações e gerar conhecimento. Não há interesse em registrar se o aluno retém ou não uma informação, aplicando um teste ou uma prova objetiva, por exemplo; porque isso não mostra se ele desenvolveu um talento ou se construiu um conhecimento que não possuía. (...)
A situação de projeto de aprendizagem pode favorecer especialmente a aprendizagem de cooperação, com trocas recíprocas e respeito mútuo. (...) A proposta é aprender conteúdos, por meio de procedimentos que desenvolvam a própria capacidade de continuar aprendendo, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas. Isso quer dizer formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação de novos e mais complexos problemas.(...)
O importante é observar não o resultado, um desempenho isolado, mas como o aluno está pensando, recursos já pode usar, que relações realiza ou inventa."
Ouvindo também a palestra sobre PA no primeiro Encontro On-Line em 2006 com as professoras
Íris Tempel Costa e Beatriz Magdalena quando focaram a Avaliação em PA, destaco:
"O aluno deve ser acompanhado no processo.
A mudança sobre um conceito demonstra que o aluno está aprendendo.
A aprendizagem do aluno não se faz em relação a que ele, professor, sabe, mas na evolução do conhecimento do aluno, (re)construção do conhecimento.
A Aprendizagem é de cada um e não em relação a do professor.
Avaliação em PA é verificar se todo o trabalho que foi desenvolvido , responde a questão inicial proposta no PA."
Estou há três dias visitando todas as páginas dos projetos de minhas alunas, embora a pesquisa ainda não tenha iniciado , é possível ver nas dúvidas e certezas de cada questionamento surgido os conceitos elencados. A escolha dos conceitos principais para a construção dos mapas conceituais, a ligação e que sentido deram a eles.
Avaliar em qualquer metodologia não é fácil, o parecer nº 755/98 do Conselho Estadual de Educação diz:
Instalou-se nas escolas uma expressão “avaliação do aluno” que revela o quanto essa atividade está afastada de sua finalidade principal, que é fornecer ao professor informações sobre a eficácia e efetividade da metodologia por ele empregada para alcançar aprendizagem por parte do aluno. A medida que o professor realiza seu trabalho, propondo atividades, exercícios, experiências, tarefas, etc...a seus alunos, é necessário que, passo a passo, ele verifique se os objetivos que pretende atingir foram sendo realmente alcançados. Se não o foram, cabe-lhe insistir, mediante o emprego de outra metodologia, até que finalmente, se convença de que os alunos realizaram aprendizagem, não só do ponto de vista quantitativo (quanto aprenderam), mas do ponto de vista qualitativo ( como ou quão bem aprenderam).
È importante perceber que, mesmo que nesse processo tenham sido utilizados medidas, o que se busca, ao final, é um juízo de valor e não uma medida. Esse juízo de valor é referido classe como um todo e serve de informação sobre a conveniência ou possibilidade de seguir adiante ara perseguir ainda outros objetivos. È portanto, um juízo com perspectiva de futuro: posso continuar? Como continuar?”

Enfim, quando se pensa em avaliação como informação para o professor seguir adiante com uma metodologia, ou não, nos faz pensar.

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